Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Economia

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirmam que o País fechou o trimestre de janeiro a março de 2025 com taxa de desocupação de 7%, acima do trimestre anterior, encerrado em dezembro (6,2%). 

Apesar da alta na comparação trimestral, é a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em março em toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.

"O bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos trimestres não chega a ser comprometido pelo crescimento sazonal da desocupação no último trimestre de 2024. A taxa de desocupação do 1º trimestre de 2025 é menor que todas as registradas nesse mesmo período de anos anteriores”, confirmou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

A população desocupada, que é de 7,7 milhões, cresceu 13,1% (ou mais 891 mil pessoas no trimestre e recuou -10,5% (menos 909 mil pessoas) no ano.

O IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo.

Fonte: IBGE

O número de trabalhadores com carteira assinada não teve variação significativa na comparação com o trimestre encerrado em dezembro e chega a 39,4 milhões, renovando um recorde. Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) caiu 5,3% (menos 751 mil pessoas) em relação ao último trimestre de 2024. “A retração no primeiro trimestre ocorreu principalmente no emprego sem carteira relacionado à Construção, Serviços Domésticos e Educação”, explica Beringuy.

A taxa de informalidade, que contempla a população sem carteira assinada, marcou 38% (ou 38,9 milhões de trabalhadores informais), contra 38,6 % (ou 40,0 milhões) no trimestre encerrado em dezembro de 2024 e 38,9 % (ou 38,9 milhões) no trimestre encerrado em março de 2024.

Setores

Em relação ao número de ocupados, as reduções mais significativas entre o fim de 2024 e o dado apurado em março pertencem aos seguintes setores:

- construção (menos 397 mil pessoas);

- alojamento e alimentação (menos 190 mil pessoas);

- administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (menos 297 mil pessoas);

- serviços domésticos (menos 241 mil pessoas). 

Destaques da pesquisa

Taxa de desocupação: 7%

População desocupada: 7,7 milhões de pessoas

População ocupada: 102,5 milhões

População fora da força de trabalho: 67 milhões

População desalentada: 3,2 milhões

Empregados com carteira assinada: 39,4 milhões

Empregados sem carteira assinada: 13,4 milhões

Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões

Trabalhadores domésticos: 5,7 milhões

Trabalhadores informais: 38,9 milhões

Taxa de informalidade: 38%

Rendimento 

A pesquisa também revela que o rendimento real habitual de todos os trabalhos foi de R$ 3.410,  novo recorde da série, iniciada em 2012, crescendo nas duas comparações: 1,2% no trimestre e 4,0% no ano. (Com informações do IBGE, Secom/PR e Agência Brasil)