A alternância constante de farmacêuticos em postos de trabalho no Tocantins tem sido acompanhada com preocupação pelo Sindicato dos Farmacêuticos do Estado (SINDIFATO). De acordo com a entidade representativa, está escancarada uma realidade marcada por jornadas exaustivas, acúmulo de funções e, principalmente, pela falta de respeito aos direitos trabalhistas da categoria.
O Sindifato confirmou que tem recebido relatos, muitos deles de profissionais recém-contratados, que se deparam com uma rotina intensa, ultrapassando, em muito, suas atribuições técnicas previstas em Lei. Além de exercerem suas funções na assistência farmacêutica e no cuidado aos pacientes, é comum serem cobrados para acumular tarefas administrativas, comerciais e operacionais, quase sempre sem qualquer remuneração adicional, complementa a entidade.
“Há um padrão em algumas empresas: contratam um farmacêutico, exigem além do que a função exige, e, quando o profissional começa a questionar ou conhecer seus direitos, preferem substituí-lo por alguém mais inexperiente e, portanto, mais suscetível a aceitar imposições irregulares”, alerta Renato Soares Pires Melo, presidente do Sindifato.
Essa prática, reforça o presidente, além de imoral, representa uma violação direta aos princípios das relações de trabalho dignas e equilibradas. O Sindifato reforça que os direitos trabalhistas não são favores concedidos por empregadores, são conquistas históricas asseguradas por lei. "Ainda assim, a tentativa de desrespeitá-los tem se tornado estratégia de alguns empregadores que priorizam o lucro em detrimento da saúde e do bem-estar do profissional", reclama a entidade representativa dos farmacêuticos no Tocantins.
O Sindifato frisa que a consequência desse ciclo vicioso é visível: inúmeras vagas sendo abertas com frequência nas mesmas empresas, sinal claro da dificuldade de manter profissionais por longos períodos, afetando não apenas a estabilidade do farmacêutico, mas também a qualidade da assistência prestada à população.
O Sindicato reforça que os farmacêuticos do Tocantins devem procurar a entidade antes de aceitar qualquer proposta de trabalho, especialmente em empresas com histórico de alta rotatividade. A orientação jurídica e sindical é essencial para garantir relações laborais mais justas e transparentes.
“O sindicato existe para proteger e orientar a categoria. Conhecer seus direitos é o primeiro passo para impedir abusos e exigir respeito. E nós estamos aqui para isso”, finaliza o presidente Renato.
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Sindifato
O Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Tocantins foi fundado em 20 de setembro de 1997 e registrado em 8 outubro de 1998, quando foi constituída a primeira diretoria em assembleia geral da categoria. É formado pela Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e Delegados Representantes junto á Federação, efetivos e suplentes, eleitos a cada quatro anos.
O Sindifato mantém importantes canais de comunicação, dentre eles página online com a disponibilidade das principais notícias relacionadas à área, tabela salarial, direitos trabalhistas, comunicados, estatuto social, orientações de como associar-se, além de material de apoio para estudos aos que buscam uma vaga em concurso público.
Outra página de contato direto entre os trabalhadores e o Sindicato é o Instagram. Na página do Sindifato os farmacêuticos do Tocantins podem conferir dicas, conselhos, alertas, detalhes sobre eventos, sobre o andamento de demandas defendidas, e mais.
Em Palmas/TO pode ser localizado na Quadra 404 Sul, Avenida LO 11, lote 4 Sala 6.
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