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Saúde

Foto: Freepik/@aleksandarlittlewolf

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O profissional farmacêutico está diretamente ligado à saúde pública, envolvido em todos os processos dos medicamentos: desde a química para a produção de cada um até a orientação para uso destes ao paciente. Do passado ao presente, situações fora da curva - como as pandemias -, moldam o olhar da sociedade, dos governos e das empresas para o papel vital dos farmacêuticos, mas ainda há desafios.

Crises sanitárias testam os sistemas de saúde globais e aceleram mudanças. Com a pandemia de Covid-19, por exemplo, as farmácias tornaram-se um pilar de apoio essencial, sendo um dos principais pontos de contato para acolhimento, diagnóstico e orientação. A presença ininterrupta de um farmacêutico, exigida por Lei, foi crucial para que esses estabelecimentos pudessem oferecer um suporte fundamental à população durante o período.

Estudiosos argumentam que a frequência e a intensidade das crises sanitárias tendem a aumentar, especialmente em climas tropicais. Ambientes quentes e úmidos são mais favoráveis à reprodução de vírus, parasitas, entre outros, elevando o número de doenças infecciosas.

A maior parte dos farmacêuticos no Brasil trabalha em farmácias e drogarias e estas acompanham a tendência de transformarem-se em centros de serviços, oferecendo vacinação, exames rápidos e consultas farmacêuticas.

Esse ambiente dinâmico faz do farmacêutico um profissional de destaque e essa posição vem carregada de muita dedicação. Além dos desafios de se manter atualizado com as constantes novidades do mercado e de desenvolver habilidades de liderança, o farmacêutico no varejo precisa lidar com a alta rotatividade, um desafio comum. Isso exige um preparo técnico, emocional e de relacionamento interpessoal contínuo para atuar de forma eficaz.

A baixa remuneração no varejo tem sido um fator decisivo para a saída de farmacêuticos e, em muitos casos, para o abandono da própria profissão. Outro desafio é a carga-horária, que em muitas empresas é extrapolada, levando o profissional a exaustão física e psicológica. Há ainda a questão da pressão por metas comerciais - sendo vistos como meros comerciantes de medicamentos, e não como cuidados de saúde.

Os desafios, de acordo com o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Tocantins (Sindifato), Renato Soares Pires Melo, fazem parte do processo de crescimento de qualquer profissão, mas não podem impedir o desenvolvimento ou a valorização dos profissionais.

"É fundamental que a sociedade e os empregadores reconheçam a totalidade do nosso papel. Não somos apenas dispensadores de medicamentos; somos a linha de frente da saúde, provedores de cuidado e orientação. Enfrentar a baixa remuneração, as cargas horárias abusivas e a pressão por metas comerciais é lutar pela dignidade da profissão e, consequentemente, pela qualidade da saúde pública que oferecemos. O Sindifato está comprometido em garantir que o farmacêutico seja valorizado como o profissional de saúde essencial que é", assegura o presidente. 

O Sindifato reforça que o trabalho dos farmacêuticos não se limita mais ao balcão. Eles estão na linha de frente da saúde pública, além de serem a ponte entre a indústria e a população.

Sindifato 

Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Tocantins foi fundado em 20 de setembro de 1997 e registrado em 8 outubro de 1998, quando foi constituída a primeira diretoria em assembleia geral da categoria. É formado pela Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e Delegados Representantes junto á Federação, efetivos e suplentes, eleitos a cada quatro anos. 

E-mail: contato@sindifato.org.br. Página online:  https://www.sindifato.com.br/. Instagram (@sindifato).

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