A importação de fertilizantes ocorrida no período de janeiro a novembro deste ano chega a 41,73 milhões de toneladas. O volume registrado alcança um novo recorde e supera o obtido no mesmo período de 2024, quando foram internalizadas 40,84 milhões de toneladas. O dado está na edição de dezembro do Boletim Logístico, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“Esse maior volume de entrada de fertilizantes já registrado vem da percepção do agricultor brasileiro de um cenário de oportunidades, a partir das negociações tarifárias envolvendo os Estados Unidos e a China. Mudanças regulatórias, sanitárias ou econômicas mostram que há espaço para ampliar a presença dos produtos brasileiros no mercado internacional”, analisa o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth.
O porto de Paranaguá, no Paraná, continua sendo o principal eixo de entrada de fertilizantes no país, com a internalização de 10,16 milhões de toneladas do produto. O Arco Norte vem se consolidando como uma importante rota de entrada e saída dos produtos agropecuários. Pelos portos da região norte do país, foram desembarcadas cerca de 7,56 milhões de toneladas de fertilizantes, tornando-se a segunda maior porta de entrada de insumos do país, passando levemente o volume registrado no porto de Santos pela primeira vez. Pelo estado de São Paulo, foram internalizadas cerca de 7,52 milhões de toneladas.
Exportações
Se o estado do Paraná segue como a principal rota de entrada de fertilizantes, o Arco Norte se firma como o eixo preponderante para as exportações de milho e soja em grãos. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), os embarques brasileiros para a oleaginosa acumulados até novembro deste ano atingiram 104,7 milhões de toneladas, volume recorde para o país, ultrapassando as 101,87 milhões de toneladas vendidas ao mercado internacional em todo o ano de 2021. Deste total, foram expedidos em 2025 pelos portos do Arco Norte 36,8% das exportações nacionais, enquanto foram escoados 31,9% por Santos, 13% do montante nacional pelo porto de Paranaguá e 7,9% por Rio Grande.
No caso do milho, as exportações do cereal chegam a 34,8 milhões de toneladas até novembro, como mostram dados do MDIC. Pelo Arco Norte foram escoadas 47,2% das vendas voltadas ao mercado internacional. Já pelo porto de Santos foram registrados 41,6% dos volumes embarcados. Na sequência, aparece o porto de Paranaguá, escoando 12,2%, e o Porto de São Francisco do Sul, por onde foram expedidos 8,2%.
Mercado de frete
O Boletim também traz informações sobre as cotações praticadas em novembro para o transporte de produtos agrícolas. De maneira geral, o mercado de frete para produtos agrícolas segue lento, após a finalização da safra 2024/25 e início da temporada 2025/26. A tendência é que os preços comecem a apresentar variações de preços a partir do início da colheita das culturas de primeira safra.
O Boletim Logístico da Conab é uma publicação mensal que reúne informações de dez estados produtores, apresentando análises sobre logística do setor agropecuário, desempenho das exportações brasileiras, movimentação de cargas e principais rotas de escoamento da safra, além de informações sobre o volume exportado de soja, milho e farelo de soja bem como dados de importação de adubos e fertilizantes. A edição completa do Boletim Logístico – Dezembro/2025 já está disponível no site da Companhia.

