Em reunião com os associados do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Tocantins (Sindesto), realizada nessa terça-feira, 23, foi deliberado que, em razão do não cumprimento dos acordos firmados com o Governo do Estado, os hospitais irão suspender os atendimentos eletivos do Servir a partir do dia 1º de janeiro de 2026 caso não haja solução para os pagamentos em atraso.
A decisão considera o descumprimento dos seguintes compromissos, de acordo com o Sindesto: pagamento integral da referência 8 para todos os prestadores até o dia 23/12; início do processo de pagamento da referência 9 e o pagamento das glosas indevidas referentes às referências 8 e 9 até o dia 31/12. Sobre a referência 9, o Sindicato ressalta que "até o momento não teve sequer a solicitação de emissão de notas, etapa fundamental para a liberação dos recursos".
O Sindesto esclareceu que haverá uma última reunião, na próxima segunda-feira, na Secretaria da Fazenda (Sefaz), como tentativa final de construção de um acordo que evite a suspensão dos atendimentos.
"Diante da ausência de avanços concretos e da falta de previsibilidade financeira, os hospitais informam que não possuem mais condições de manter os atendimentos sem os recursos devidos. Ressalta-se que, paralelamente à situação do Servir, os prestadores também aguardam pagamentos referentes aos serviços complementares ao Sistema Único de Saúde (SUS), o que agrava ainda mais o cenário financeiro das unidades", destacou o Sindesto.
A entidade representativa reforçou que a suspensão é uma medida extrema, adotada após sucessivas tentativas de diálogo e negociação, e alerta para os impactos diretos à assistência à população caso a situação não seja regularizada imediatamente.
O Conexão Tocantins solicitou e aguarda posicionamento do Governo do Tocantins.